Em tuas margens, casas não se viam
Nem o sol era brando como agora,
Seus raios eram mais fortes e, outrora,
Searas e rebanhos existiam
E as tuas águas de cristal desciam
A espalhar vida, colorindo a flora
E hoje em teu bojo a água impura deflora
Os bosques onde as Ninfas se escondiam
Ah!Mas o viajante que ainda para
E com saudade te olha por prazer
Certamente verá um lindo prado,
Tuas margens sem casa, uma seara,
Um sol mais belo, água pura a descer,
Um vaqueiro e um rebanho do meu gado.
Rogerio Freitas
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