Veio a morte, mas inda sou contigo;
foste, nos ventos bravos desses mares,
Nada mais, ó meu bem, que o lenho amigo:
A salvação sublime dos pesares.
Bastava teu olhar (eu já o sigo!)
Necessário não era tu falares,
Pois no seu brilho tinha eu paz e abrigo;
Sequer busquei o cristo dos altares.
Quando entrastes no céu, os bons pastores
Indagaram-te o que de bom fizeste
E sobre tua vida e teus valores...
E falastes no imenso azul celeste,
Pra não perder a porta dos louvores
Do grande bem do amor que tu me deste.
Rogério Freitas
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