sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Grande bem

Veio a morte, mas inda sou contigo;
foste, nos ventos bravos desses mares,
Nada mais, ó meu bem, que o lenho amigo:
A salvação sublime dos pesares.

Bastava teu olhar (eu já o sigo!)
Necessário não era tu falares,
Pois no seu brilho tinha eu paz e abrigo;
Sequer busquei o cristo dos altares.

Quando entrastes no céu, os bons pastores
Indagaram-te o que de bom fizeste
E sobre tua vida e teus valores...

E falastes no imenso azul celeste,
Pra não perder a porta dos louvores
Do grande bem do amor que tu me deste.

Rogério Freitas

Nenhum comentário:

Postar um comentário