terça-feira, 12 de abril de 2011

Solitude II

No pequeno porto
A barca só
Na pequena aldeia
Abarca só
Seus sonhos o pescador

Rogério Freitas

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Despertador

Ao despertar da dor
a exatidão do tempo rompe em silêncio
em rascunhos e fagulhas
De novo o alvorecer do sonho retirante
a abrir feridas
o corpo se desfibra e arde novamente
o sol recorta as víceras
e espelha pelos escombros de qualquer mercado
flores e lástimas cobertas de vítimas
Não mais vozes do silêncio
agora mapas do acaso
não mais amores vãos
agora resquícios de orgasmos
nada mais de escuro
Agora louvores
Cores e atores
Abram as cortinas para o teatro corrosivo do dia
repleto de dramas
recomeça mais um grande ato
amargo e mágico de viveres.

Edilberto Vilanova