quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Natal branco

As crianças espreitaram a fúria do mundo
E mudas caíram no viaduto
Vingou o fruto pedregulho da sina,
A assassina de luas minguantes,
A nudez da voz, estampidos dentro da noite,
Malabarismo no farol, o olho torpe do consumismo,
O riso ensanguentado e o escárnio.
O segrêdo dos lábios, o beijo branco
No confronto de cores
De um dia pálido
E entrecortadas, palavras ávidas.
A desesperada réstia de esperança
E apenas um embrulho
Para celebrar a magnitude da vida.

Edilberto Vilanova

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