quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Gira mundo

O dia vem vindo – contemplo daqui
O sol que dos montes me surge luzente
Mal surge tão rubro transforma o espaço
Um pássaro ao longe me canta dolente

O dia vem vindo da minha janela
E eu vejo o começo da vida agitada
Os homens dominam, os carros dominam
O meio da rua, também a calçada

A aragem amena se extingue com o sol
É grande o bulício; Já não mais contemplo
Os homens não lutam aqui pela vida
Somente desejam erguer o seu tempo

Esquecem com a pressa seus próprios irmãos
Nas mãos a ganância, só raiva e rancor
Com o mundo girando na busca incessante
Quem pode ao menos falar de amor?

Meu peito, que sofre dos males da vida
Espaço não acha no mundo egoísta
Valores que tenho me foram negados
Apenas os tenho pagando analista

Rogério Freitas

Nenhum comentário:

Postar um comentário