quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Canção Ébria

Último gole
As coisas todas diáfonas:
Tudo um sonho!

Agora nem pieguices,
Nem dores,
Nem remorsos,
Nem preocupações

Livre de todos os males:
O corpo leve
A mente vaga

Passos descompassados
Entre faróis e buzinas
Pisadas em poças de lama
Tropeços e mais tropeços

O sono pesado,
O desequilibrio,
A queda,
A cama na calçada

Rogério Freitas

2 comentários:

  1. Genial! Raparem que Rogério não usou um verbo sequer, durante todo o poema. Orações sem ação!!! Isso pra mim é genial!
    Não tem eu lirico tbm.
    Não é o melhor poema do Rogério mas é o mais original e ousado!Sem dúvida.
    É o tipo de coisa que quando eu leio penso: a melhor coisa do mundo foi montar esse blog com esses caras!!!

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  2. corrigindo: não é orações sem ação, é acão sem verbos

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