Uma imagem sinuosa, meio torta
no espelho côncavo das claras águas,
personificação das nossas mágoas
frente a ela, essa alegria não suporta
Em que mundo de luz é que desaguas?
há alguma esperança à tua porta?
São cicatrizes ou rugas? (Que importa?)
- É o movimento sísmico das águas
Não foste criatura de beleza
ainda mais que tu foste abatido
pelo dilúvio austero da aspereza...
E mesmo ante as agruras, comovido,
eu ainda contemplo com surpresa
Meu semblante nas águas refletido.
Rogério Freitas
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