Tudo se dissolve nos olhos do tempo
Os feixes de palavras
As tranças das sandálias
As catástrofes diárias
Tudo se dissolve nos olhos do tempo
Os instantes de cansaço
Os corpos decepados
Os crimes indecifrados
Os acontecimentos, as rosas abortadas
Os edifícios, os rumos das estradas
Os jornais, as revelações
Tua glória e teu declínio
Teu riso e tua lágrima
O que foi profetizado
O que foi ofertado
O que virou vapor e o que se solidificou
Os amores presentes e passados
O que ganhou forma e o que ficou abstrato
Teu perdão e tua mágoa.
Tudo se esmaga nos olhos do tempo.
Edilberto Vilanova
Nenhum comentário:
Postar um comentário