Namorar as paisagens mais que belas,
Ouvir da natureza seu gemido;
O lavrador suado, em alarido,
Arriscando as toadas mais singelas.
Absorver todo o eflúvio das estrelas
Sobre as rosas ou no ar amanhecido,
Admirar mesmo o vento desabrido
A bater incessante nas janelas.
Abraçar os alísios à tardinha,
Quando o sol se debruça e dá à vinha
E ao horizonte calmo a cor mel,
Depois no ateliê em alto adro
Misturar tudo, sorrir; eis o quadro
Pintado com palavras no papel.
Rogério Freitas
esse soneto temperou bem o baiao de voces: estou de alma cheia de leveza e só não cheguei à satisfaçao plena porque feriu-me o estômago um resquício de ferro das grades azedas da fôrma do soneto... mas estou certo que não causará gastrite. descupe-me por esse arroto.
ResponderExcluirainda não me acostumei à condição de animal que despresa a boa poesia...a palavra está à mesa; desculpe-me pela pimenta...
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