A canção do espírito
Adormece o corpo como febre
Faz valsa o batimento cardíacos
Entorpece a vida
E derrama gotas de delírio pela terra
Ah!Como soam bem esses novos acordes
Acorde!
Repare nas cores transversais que desabam do céu
E se envenene com mel
Porque ainda há abelhas fecundando flores
E a pedra sempre pó
Traz de pouco a pouco a flor do sono
A eternidade é deserta e o corpo desbota
E como cai bem no desalinhar do corpo
Essas novas roupas
Ah!Como são sinceros nossos garotos
Como são modernas nossas moças
Amanhã ou depois virão outros
E tudo será memória
Em outros corpos os mesmo fantasmas
E a canção do espírito tocará
E vai haver dor e lágrima, mas
No fim, em casas subterrâneas
Ficaram tons neutros e resíduos de vozes
E será só canção para todas as almas atrozes
Edilberto Vilanova
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