eu nunca
provei primaveras e outonos
nem
ruminou minha pele o mar
os meus
olhos só sabem das paisagens de pedras e espinhos
de verões perdurando entre efêmeros invernos
de verões perdurando entre efêmeros invernos
sei do
som do vento geral sussurrando poeira
sei das
palmas calejadas das mãos do meu pai
e se faço
versos sobre o mar
é porque
tenho sede
e nada sei do sal
Vivaldo Simão
e nada sei do sal
Vivaldo Simão
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