quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sertão de dentro

eu nunca provei primaveras e outonos
nem ruminou minha pele o mar
os meus olhos só sabem das paisagens de pedras e espinhos
de verões perdurando entre efêmeros invernos
sei do som do vento geral sussurrando poeira
sei das palmas calejadas das mãos do meu pai
e se faço versos sobre o mar
é porque tenho sede
e  nada sei do sal

Vivaldo Simão

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