Ao despertar da dor
a exatidão do tempo rompe em silêncio
em rascunhos e fagulhas
De novo o alvorecer do sonho retirante
a abrir feridas
o corpo se desfibra e arde novamente
o sol recorta as víceras
e espelha pelos escombros de qualquer mercado
flores e lástimas cobertas de vítimas
Não mais vozes do silêncio
agora mapas do acaso
não mais amores vãos
agora resquícios de orgasmos
nada mais de escuro
Agora louvores
Cores e atores
Abram as cortinas para o teatro corrosivo do dia
repleto de dramas
recomeça mais um grande ato
amargo e mágico de viveres.
Edilberto Vilanova
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