A Drummond
Caro Carlos
No espaço secular que nos separa
Deu-se a antimágica,
Apoética semântica,
E deslapidaram-se as pedras do meu tempo
Tempo de palpáveis pedras despidas de abstração
Endurecidas pela feiura de um púbere século
De meninos emuralhados
Alimentando internos cães famintos
De dez em dez minutos
Que erigem, no espaço outrora peito, novas Hiroximas
Irradiando a cancerígena escassez de espírito
A rosa do meu povo fenece.
E a aridez de uma nova raça promove o auto-holocausto
Um estado novo de meninos encanecidos.
Ensandecidos.
Incandescidos.
Tempo gauche
Em que os homens entortam anjos
Vivaldo Simão
Auto-holocausto!
ResponderExcluirBonito demais, meu amigo.
perfeito,como tudo que meu amigo poeta faz!!!
ResponderExcluirdrica silva.
em tempos de pedra a poesia resiste brava, como no tempo das pedras de Drumond! Parabéns!
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