Devolva-me os sóis
Que queimaram meus pés,
Guarde os cipós
Que arregaçaram minhas mangas
Retalhe as sedas rasgadas pelo cansaço
Desate os nós em nós laçados a sós
E dos ossos quebrados, refaça
Teu jardim de cactos,
Pois está no espinho ensaguentado
O segredo da carne.
Edilberto Vilanova
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