Não verei mais os cubos de rodas vivas
Desenrolando as tranças de estações e gestos
Verei ainda o aguaceiro das rotas de ilhas,
E fragmentos para fecundar o passo
Não mais verei rosas místicas, nem cáctos.
Dessa esfera ficará o esforço para ser círculo
Verei ainda o desbotamento das árvores
E um ensaio de rastro para alimentar o passo
Deixarei nódoas e mãos esmagadas pelo salto
Uma tarja negra, o silêncio e dedos na parede.
A pele cálida ganhará gélidos segredos.
E de tanto saltar verei apenas o esboço do passo.
Edilberto Vilanova
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