quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ensaio

Não verei mais os cubos de rodas vivas
Desenrolando as tranças de estações e gestos
Verei ainda o aguaceiro das rotas de ilhas,
E fragmentos para fecundar o passo

Não mais verei rosas místicas, nem cáctos.
Dessa esfera ficará o esforço para ser círculo
Verei ainda o desbotamento das árvores
E um ensaio de rastro para alimentar o passo

Deixarei nódoas e mãos esmagadas pelo salto
Uma tarja negra, o silêncio e dedos na parede.
A pele cálida ganhará gélidos segredos.
E de tanto saltar verei apenas o esboço do passo.


Edilberto Vilanova

Nenhum comentário:

Postar um comentário