a sua presença moça
interna em mim
é coisa que não se cansa
não cessa
feito a volta das horas em torno dos dias
e como o mar a ruminar o sal
e o céu aos sóis e luas
assim sucede essa presença sua
que tanto translada quanto rota
em volta do amor que mora
em mim
e ainda que longe você mesma
esteja
da moça que vejo
quando olho a criatura
inquilina do meu desejo
que uma vez tendo em mim
abrigo interno
nunca dei despejo
vejo moça ainda
e quanto mais ausente, moça
mais sua presença
nunca finda
Vivaldo Simão
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